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Quer começar a investir na Bolsa? Com este guia, você pode virar acionista ainda hoje
Não invista sem conhecer seu perfil de investidor
Só compre ações depois de montar uma reserva de emergência
Bolsa de Valores é para aqueles que gostam de arriscar, ainda que seja pouca coisa. As ações que estão em alta de manhã podem cair à tarde ou até ficar mais caras às 16h30. É preciso ter sangue frio e, preferencialmente, pensar no longo prazo. Outro ponto importante é ver o mercado acionário como um motivo a mais para você diversificar sua carteira e, assim, não depender apenas da renda fixa, por exemplo. E então? Quer começar a investir na Bolsa de Valores e ainda não sabe como? Preparamos um guia bem objetivo com os seis primeiros passos que você deve dar para começar a comprar ações. Vamos a eles:
1. Abra uma conta em uma corretora
Antes de qualquer coisa, é preciso que você escolha uma corretora de sua confiança. Se ainda está em dúvida sobre qual empresa escolher para o serviço, a B3 disponibiliza uma lista com todas as corretoras autorizadas a operar na Bolsa brasileira.
2. Perfil de investidor
Antes de comprar qualquer coisa, faça um teste para descobrir qual o seu perfil de investidor. Se você acha que esta é uma etapa que “dá para pular”, saiba que a maioria das corretoras faz um teste com o investidor antes de disponibilizar a compra de ativos e que o teste pode te livrar de perder dinheiro. O teste vai identificar o nível de tolerância a risco de cada investidor e os classifica em conservadores, moderados ou arrojados. Cada perfil tem os instrumentos indicados para si, sendo que qualquer tipo de investimento será recomendado para o arrojado, enquanto o conservador tem mais restrições.
3. Reserva de emergência
Todo investidor precisa de uma reserva de emergência. É ela que vai te salvar na hora do aperto. O colchão de segurança precisa cobrir pelo menos três meses dos seus gastos fixos. “Somente após termos um colchão de emergência conseguimos tomar decisões sobre a capacidade de tomar risco”, diz Bruna Amalcaburio, analista da Top Gain.
4. Conhecendo as opções
As ações são o instrumento mais conhecido da Bolsa, mas não são apenas elas que movimentam o mercado. Na B3 ainda acontecem negociações de fundos imobiliários (FIIs), ETFs, BDRs, opções de ações, contratos futuros e fundos de investimentos. Cada um tem suas características e nível de risco e vale a pena estudar a fundo antes de investir.
5. Escolhendo os ativos
Existem algumas estratégias na hora de escolher um ativo para compor sua carteira. No caso das ações, a mais usada e indicada é a análise fundamentalista, que avalia vários fatores de uma empresa, como situação financeira, balanço patrimonial, fluxo de caixa e conjuntura econômica, e projeta o valor da empresa no futuro com base nessa análise. “É quase como projetar os possíveis resultados da empresa, entendendo se vale a pena ou não investir em sua ação”, explica Fernando Siqueira, gestor da Infinity Asset. Outra metodologia para seleção de ativos é a análise técnica, que usa gráficos para tomar uma decisão. A estratégia é geralmente usada por profissionais que operam no curto prazo.
6. Diversifique
Você fez o teste para saber se tem perfil para ser minoritário, escolheu a corretora, definiu quais ativos comprar se parou a grana num fundo de emergência e falta… pensar na diversificação. Ter pelo menos dez ativos na carteira vai te proteger caso um deles sofra uma perda muito grande. Ser dependente de poucos ativos não é uma boa ideia e aumenta o risco associado ao seu portfólio. A boa notícia é que se você leva o quinto passo a sério, a diversificação será natural nos seus investimentos. Você será capaz de identificar boas oportunidades e, se tiver capital para isto, aproveitá-las. “O ideal é ir estudando empresa a empresa e, à medida que acha empresas que façam sentido, vai diversificando o portfólio”, diz João Daronco, analista da Suno Research.
Dica extra: invista pensando em dividendos
Uma ótima forma de receber dinheiro na conta todo mês é aplicá-lo em ativos que pagam dividendos. Ações e fundos imobiliários são os instrumentos negociados em Bolsa procurados para esse fim. O mais indicado aqui é usar o efeito bola de neve: quando receber um dividendo, use-o para comprar mais ações ou FIIs que pagam dividendos e, no mês seguinte, o montante de dividendos já deve crescer. Fazer isto de maneira consistente por anos pode trazer resultados incríveis. Leia mais sobre a estratégia aqui.
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